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Javier Martín dança. Combina a criação coreográfica e performativa com a escrita, a prática de laboratórios e conferências. A partir de uma abordagem epistemológica e crítica, investiga as artes do movimento, ativando uma somateca: a imaginação e o arquivo corporal de diferentes conceitos cinéticos.
Compõe texturas de movimento, matéria vibrante, como uma dinâmica para intervir e consciencializar os processos de subjetivação, interessado em destilar como a inércia se acumula nos nossos corpos. Defende que a dança, enquanto tecnologia da consciência, é uma forma de elaborar o animal que somos.
Desde o início da sua carreira, criou e apresentou mais de 30 obras, como ‘beltenebros’ (2025), ‘el punto impropio A/S/V’ (2023), ‘Figuras del umbral’ (2021), ‘Teorema’ (2020), ‘SOMA’ (2019) ou ‘método negro’ (2018), dançando em Espanha, França, Portugal, Rússia, Ucrânia, México, Uruguai, Guatemala, Colômbia e Tailândia. As suas coreografias contam com o consórcio público-privado de diversas Instituições e Centros Culturais.
Com formação científica em Química Quântica e Belas Artes, e um interesse particular pela filosofia, aborda a dança de uma perspetiva transdisciplinar em colaboração com diferentes artistas, como Oleg Karavaychuk, Vertixe Sonora, Ana Vallés, Octavio Más, Sabela Mendoza, Haruna Takebe ou Tono Mejuto. Frequentemente, abre os seus processos à comunidade, em busca de um corpo ampliado ou ácrata, através de grupos de investigação que incluem múltiplos profissionais, do acompanhamento de itinerários formativos em várias Universidades — como Medicina, Arquitetura ou Sociologia —, ou do desenvolvimento de seminários e apresentações em encontros e congressos.
Destaca-se a sua relação com a plataforma De Corpos Presentes, que publicou o seu poemário visual ‘materia resonante’ (2024) e coproduziu um documentário sobre o processo de criação de ‘el punto impropio A/S/V’ (2023). Por fim, é de salientar que o Museu Universidade de Navarra publicou ‘Javier Martín. Cuaderno de creación’ (2017), o primeiro catálogo monográfico sobre a sua obra, e que o filme ‘Quiasma’ (2017), centrado no seu trabalho coreográfico, alcançou um amplo reconhecimento internacional.
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